Balotelli foi a figura da partida contra a Alemanha (Foto: Patrik Stollarz/AFP)
O futebol precisa dos anti-heróis para tornar-se menos "politicamente correto" e insosso. Personagem de inúmeras polêmicas e celeumas extra-campo, o controvertido Balotelli levou a Itália à final da Eurocopa contra a Espanha, eliminou a poderosa Alemanha marcando duas vezes na vitória por 2 a 1, em Varsóvia, e colocou a Azzurra na Copa das Confederações de 2013, no Brasil.
Uma frase do jornalista italiano Leo Longanesi resume o momento do atacante do Manchester City: "O pior que pode acontecer a um gênio é ser compreendido".
A Itália, que segue sem perder para a Alemanha em jogos decisivos, enfrenta a Espanha, no próximo domingo, às 15h45 (horário de Brasília), em Kiev, na Ucrânia.
O JOGO
A Alemanha teve velocidade, volume de jogo e chances para marcar o primeiro gol. Os primeiros minutos indicavam que seriam uma pressão descomunal. Pirlo salvou em cima da linha. A defesa da Itália levou sorte no lance seguinte porque a bola bateu em Barzagli, saindo pela linha de fundo. E o mastodôntico Buffon espalmou disparo complicado de Kroos.
Mas a Azzurra tem um meio de campo paciente e sapiente. Começou testando Neuer com chutes d fora da área, sem conseguir penetrar na área rival.
Depois, duas enfiadas preciosas e conclusões cirúrgicas. Cassano apareceu do lado esquerdo e centrou para Balotelli, que, de cabeça, jogou no contrapé do goleiro alemão. Novo lançamento para o "bad-boy" (Montolivo foi o autor), que fulminou Neuer. Ou seja, em dois lances. Dois gols. Precisão máxima!
O time alemão não teve escolha. Seguir pressionando e tentar, ao máximo, ficar com a bola. Reus tentou colocar fogo no jogo. Klose substituiu um apagadíssimo Mario Gomez. O gol saiu apenas com Özil nos descontos, numa cobrança de pênalti.
A Itália soube se defender muito bem. Além do ótimo Buffon, um dos pontos fortes do time de Prandelli é o desarme e o bloqueio das jogadas do adversário. A Espanha, próximo rival, já havia sofrido com o poder de marcação da Azzurra durante a fase de grupos.
Para encerrar, com a Alemanha batida e estirada, a Itália, já sem Balotelli, por piedade, não fez mais três gols.
FICHA TÉCNICA:
ALEMANHA 1 X 2 ITÁLIA
Local: Estádio Nacional de Varsóvia, Varsóvia (POL)
Data-Hora: 28/06/2012, às 15h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Stéphane Lannoy (FRA)
Cartão Amarelo: Hummels (ALE); Balotelli, Bonucci, De Rossi, Thiago Motta (ITA)
Cartão Vermelho:
Gols: Balotelli, 19'/1ºT (0-1); Balotelli, 36'/2ºT (0-2); Özil, 46'/2ºT (1-2)
Data-Hora: 28/06/2012, às 15h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Stéphane Lannoy (FRA)
Cartão Amarelo: Hummels (ALE); Balotelli, Bonucci, De Rossi, Thiago Motta (ITA)
Cartão Vermelho:
Gols: Balotelli, 19'/1ºT (0-1); Balotelli, 36'/2ºT (0-2); Özil, 46'/2ºT (1-2)
ALEMANHA: Neuer; Boateng (Müller, 25'/2ºT), Hummels, Badstuber e Lahm; Khedira, Schweinsteiger, Kroos e Özil; Podolski (Reus, Intervalo) e Mario Gomez (Klose, Intervalo). Técnico: Joachim Löw
ITÁLIA: Buffon; Balzaretti, Bonucci, Barzagli e Chiellini; De Rossi, Pirlo, Marchisio e Montolivo (Thiago Motta, 18'/2ºT); Balotelli (Di Natale, 24'/2ºT) e Cassano (Diamanti, 12'/2ºT). Técnico: Cesare Prandelli.
Lance!Net
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