Foto ( Renan Olaz/ Futura Press)
Durante julgamento nesta quinta, STJD não atendeu o pedido do Verdão de anular a partida e a partida disputada no dia 27 será validada
Em julgamento na manhã desta quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu manter o resultado da partida entre Internacional x Palmeiras, que ocorreu no dia 27 de outubro. Por unanimidade, o resultado da partida (vitória colorada por 2 a 1) foi mantido. O Verdão pedia a impugnação do jogo por causa da anulação do polêmico gol de Barcos e só uma reviravolta no tribunal anularia. O atacante Hernán Barcos, o árbitro Francisco Carlos Nascimento e o quarto árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima prestaram depoimento.
O Verdão questionava a anulação do gol de mão de Barcos, que teria acontecido depois da ajuda do delegado Gerson Baluta, o que não é permitido pela Fifa. O árbitro Francisco Carlos Nascimento (Fifa-AL) validou o lance, mas voltou atrás minutos depois e disse que "trabalhou em equipe" com seus assistentes. Na súmula do jogo, não foi relato nenhuma observação e Nascimento preferiu escrever "nada houve de anormal".
Durante o julgamento, o advogado do Verdão, José Mauro Couto, apresentou reportagem do jornal LANCE!, fotos do lance que gerou o pedido; fotos com a posição do árbitro e do quarto árbitro na hora do lance; entrevista com a repórter Tayná Rodrigues, da TV Bandeirantes, ao Portal Terra, além de perícia de leitura labial e declarações do médico do Palmeiras como provas. No entanto, o relator Ronaldo Botelho indeferiu a apresentação de documentos novos e perícia.
A defesa do Internacional estava confiante quanto a não anulação da vitória no Beira-Rio. o advogado Daniel Cravo disse que "defender o Palmeiras, é condenar tantos outros. Há interesses legítimos em jogo de outros clubes". Durante a defesa, ele também afirmou desconhecer anulação da partida por causa de erro ou acerto da arbitragem.
O Colorado ainda entrou com uma notícia de infração junto à procuradoria para que Barcos fosse punido. O clube entendeu que o argentino tentou ludibriar a arbitragem durante o lance. O jogador não foi advertido durante o jogo e no julgamento não houve nenhuma punição.
O procurador Paulo Paulo Schmitt também se pronunciou e rebateu o pedido do Palmeiras de anulação do jogo.
- A CBF já tinha nos dito que o sexteto não tem comunicação externa. A imprensa está cobrindo o caso por uma questão de moralidade, na expectativa de anulação de uma partida em que os árbitros acertaram com a anulação do gol. Se eles (os árbitros) erraram, o erro foi de fato. Palmeiras não tem um erro de direito neste caso que se usa de um artigo de prerrogativa da procuradoria. A impugnação não serve para esse caso. A impugnação é erro de direito. Mas não tem o direito. Cade o direito? - discursou.
- Se essa partida for remarcada, quem vai apitar? Vai ser portão fechado? Porque vai dar morte. Anular uma partida é um absurdo. Se isso acontecer tem que pegar um boné e ir embora. Posição do clube na tabela não pode pautar o tribunal - atacou.
Ainda antes do julgamento, o relator do processo, Ronaldo Botelho Piacente (ex-presidente do TJD/SP), impediu que Ponte Preta, Sport e Bahia participassem como terceiros interessados do julgamento.
Igor Siqueira - LanceNet
Nenhum comentário:
Postar um comentário