Em jogo emocionante, disputado e repleto de alternativas, o Atlético-MG venceu o Cruzeiro, por 3 a 2, neste domingo, no Independência, em um clássico que honrou a tradição histórica. Ronaldinho Gaúcho, que desperdiçou pênalti, na etapa inicial, fez um gol ‘chorado’ no segundo tempo, cuja autoria foi assinalada indevidamente para Leonardo Silva, garantindo a igualdade no marcador, e depois Réver faria o terceiro. Como o jogo em Minas terminou antes do clássico entre Grêmio e Internacional, houve uma espera dramática até vir a notícia do empate e a celebração.
Disputado com torcida única do Atlético-MG, já que no primeiro turno, com empate em 2 a 2, apenas cruzeirenses estiveram presentes, o clássico foi de novo empolgante. O time atleticano precisava vencer e torcer por tropeço do Grêmio contra o Internacional, para ser vice-campeão. Na despedida de Celso Roth, que não continuará no comando do time, o Cruzeiro queria atrapalhar os planos do rival e por pouco conseguiu.
A goleada sofrida pelo Atlético-MG para o Cruzeiro, por 6 a 1, há um ano, rondava o jogo deste domingo, pelo menos até a bola começar a rolar. A partir daí, o que se viu foi entrega total dos jogadores das duas equipes. Se os atleticanos tinham a força dada pelos empolgados torcedores, os cruzeirenses se motivavam com a eterna rivalidade e a possibilidade de manter jejum de cinco jogos sem derrota para o tradicional adversário.
O Atlético-MG abriu o marcador, com Bernard, permitiu o empate ao Cruzeiro, por meio de Martinuccio, na etapa inicial. No segundo tempo, o torcedor atleticano se calou de vez com o gol de Everton, colocando os rivais à frente, mas voltou a festejar duas vezes, embora os momentos finais tenham sido de tensão, especialmente pela substituição de Ronaldinho Gaúcho por Serginho. O Cruzeiro pressionou bastante no final.
O primeiro tempo começou em ritmo intenso. Com muita correria e disposição, as duas equipes disputavam cada lance com energia. Ambos recorriam também a faltas, quando necessária, para evitar ataques do adversário. O Cruzeiro esteve mais ofensivo no começo do clássico, mas viu o Atlético-MG sair em vantagem no marcador, com gol assinalado por Bernard, aos 5 min, quando aproveitou rebote de Leandro Guerreiro.
Apesar de estar em desvantagem no placar, o Cruzeiro não se abateu e continuou atacando. Por isso, criou e desperdiçou boas oportunidades para empatar. Na melhor delas, Tinga desviou bola cruzada por Marcelo Oliveira da esquerda, mas não pegou bem, e a trave evitou o gol celeste. Esse lance parecer ter despertado o time atleticano, que voltou a atacar, após 15 minutos quase que só se defendendo. Em rápido contra-ataque alvinegro, Guilherme recebeu de Ronaldinho e bateu com perigo.
Como todo clássico, não faltou catimba, reclamação dos dois lados e lances polêmicos. Houve até uma situação inusitada, na etapa inicial, quando Bernard perdeu a bola para Ceará e, na sequência, se desentendeu com o técnico Celso Roth, do Cruzeiro, que estava na sua área técnica. Segundo Bernard, ele foi xingado pelo treinador celeste, que, não deu a sua versão para o ocorrido.
Os dois times voltaram com as mesmas formações e o Cruzeiro novamente começou em melhor em campo. Aos 5 min, o time ‘visitante’ fez o segundo gol e ficou à frente no marcador. Marcelo Oliveira encontrou Everton totalmente livre, para tocar na saída do goleiro Victor e fazer 2 a 1. Três minutos depois, Tinga e Leandro Donizete trocaram cotoveladas e foram expulsos, o que gerou um início de confusão, com empurrões entre os jogadores dos dois times.
Já do lado de fora do gramado os dois jogadores expulsos minimizaram o problema. “Ele me empurrou, eu empurrei ele, acertou o meu rosto e ele expulsou os dois, faz parte”, afirmou Leandro Donizete. “Foi um empurra-empurra normal, clássico tem isso toda hora”, observou Tinga. Com 10 jogadores em campo, o Atlético-MG empatou em lance confuso, em que a arbitragem deu gol para Leonardo Silva.
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