21/02/2013

Guerrero marca, Sheik perde chance incrível e Timão empata com San José


Por: Cláudio Henrick


O peruano Paolo Guerrero poderia ter saído como herói de sua primeira partida em Copas Libertadores. Ele precisou de apenas cinco minutos para balançar as redes e ainda deu passe açucarado para Emerson garantir a vitória corintiana, mas o camisa 11, sem goleiro, acertou a trave. No fim, o empate por 1 a 1 com o San José (BOL) acabou ficando de bom tamanho, já que os 3.700 metros de altitude em Oruro favoreceram - e muito - os donos da casa.
O resultado serviu da estreia para o atual campeão manter sua série invicta, que já dura 15 jogos (os outros 14 foram na edição do ano passado). A maior sequência da história foi obtida pelo Sporting Cristal (PER), nas edições de 1962, 1968 e 1969: 17 jogos.
O líder do Grupo 5 é o Tijuana (MEX), que bateu o Millonarios (COL) por 1 a 0, fora de casa, na noite de terça-feira.
O Corinthians volta a campo no domingo, contra o Bragantino, pelo Paulistão Chevrolet. O jogo será às 16h, em Bragança Paulista. Pela Libertadores, o próximo compromisso será na quarta que vem, dia 27 de fevereiro, contra o Millonarios (COL), no Pacaembu.
O JOGO
O atual campeão foi a campo disposto a mostrar que 3.700 metros de altitude não são suficientes para intimidar uma equipe invicta há 14 jogos pela Libertadores. Bastaram cinco minutos para que Fábio Santos recebesse de Jorge Henrique e cruzasse da esquerda para Guerrero completar para as redes após furada de Emerson. O peruano marcou dez gols nas últimas 12 partidas que disputou. Os últimos cinco haviam saído de cabeça. Desta vez, foi com o pé.
Empolgado com a vantagem, o Timão correu até mais do que deveria. Emerson, por exemplo, deu um pique desnecessário tentando alcançar uma bola que já estava quase nas mãos do goleiro. A ousadia poderia ter definido a partida aos oito minutos, quando Ralf cruzou e Paulinho chegou batendo para fora.
Embora o San José não tenha grande qualidade técnica, o ar rarefeito foi transformando o jogo aos poucos. Nos minutos finais do primeiro tempo, por exemplo, só os bolivianos jogavam. E insistiam em duas armas, aproveitando que a baixa resistência do ar deixa a bola mais venenosa: os chutes de longe e os cruzamentos, ambos sem muita eficiência. Quando os tiros eram precisos, surgia Cássio. Foi assim em uma bomba de Saucedo e em um toque de calcanhar de Palacios.
O segundo tempo começou como o primeiro terminou e Cássio fez outra defesa boa aos cinco minutos, em chute de Torrico. Tite mexeu rápido, logo aos 13, mas por necessidade: Jorge Henrique saiu mancando e Renato Augusto entrou. Mas a alteração feita pouco antes por Marcos Ferrufino foi mais efetiva. García, que ganhara a vaga de Dury, cruzou da esquerda para Saucedo empatar, aos 15.
O Corinthians deu seus últimos suspiros com Emerson. Aos 20 minutos, ele recebeu passe açucarado de Guerrero e, sem goleiro, chutou na trave. No lance seguinte, novo passe do camisa 9 e nova chance desperdiçada pelo Sheik, desta vez menos escandalosa. E foi justamente ele o escolhido para dar lugar a Alexandre Pato, aos 26 minutos. Na sequência, Paulo André saiu com dores e Felipe entrou.
Com o ritmo da equipe cada vez mais reduzido, Pato pouco conseguiu acrescentar. O fôlego de sobra, no entanto, não foi suficiente para o San José superar suas limitações técnicas e vencer. O jogo ficou morno e o empate era inevitável.

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