Os tempos são outros e o futebol mudou. Mas a camisa da Seleção continua imortal no Rasunda. Na reedição da final da histórica Copa de 1958, quando a cor azul foi usada pela primeira vez pelo time canarinho, o Brasil, com o segundo uniforme, venceu a Suécia por 3 a 0, na despedida do estádio, que será demolido para a construção de um complexo residencial.
Há 54 anos, este mesmo palco assistia o Brasil acabar com o complexo de vira-latas e vencer a primeira Copa do Mundo com um resultado de 5 a 2 sobre os nórdicos.
Hoje, placares elásticos são raros no futebol, mais preocupado com esquemas táticos do que a improviso, como fez o Rei Pelé naquela final em Estocolmo num dos gols. Porém, depois da frustração com medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, a goleada desta quarta-feira alivia a situação do técnico Mano Menezes e aumenta a autoestima para o decorrer do trabalho.
PRIMEIRO TEMPO
Com muito mais volume de jogo, o Brasil não encontrou dificuldade para se impor no jogo. Faltava paciência para encontrar uma penetração ou o arremate correto para inaugurar o placar. E o gol veio aos 17 minutos. Leandro Damião chutou de fora da área, a bola pegou na trave e Neymar completou. Pena que o juiz marcou um impedimento inexistente do craque do Santos.
A Seleção seguiu buscando o arco adversário sem afobação. Com Neymar pela dioganol do meio à direita e Oscar aberto pelas esquerdas, as jogadas foram aparecendo. Na primeira vez, Thiago Silva furou centro rasteiro do menino da Vila, na segunda, Leandro Damião, de cabeça, não perdeu um cruzamento na medida do camisa 11: Brasil na frente.
A Suécia quase não fazia cócegas. Quando fez uma graça, assutou apenas uma vez. Berg tabelou com Elm, mas parou no goleiro Gabriel, que impediu o empate.
SEGUNDO TEMPO
O time de Mano Menezes continuou com o controle do jogo com facilidade. O adversário pouco incomodava e demonstrava enorme fragilidade sem a referência Ibrahimociv, que acompanhou a partida do banco de reservas.
Nas bolas paradas, a Seleção mostrou que tem repertório. Daniel Alves e Neymar assustaram em cobranças diretas. Quando a bola foi na área, Leandro Damião também deu muito trabalho à defesa rival. O atacante do Inter saiu da área e arrematou dois disparos que passaram muito perto do arco de Isaksson.
Sem deixar a peteca cair com as alterações, o Brasil seguiu atacando. Em dois minutos, Alexandre Pato aumentou o marcador duas vezes: a primeira numa cabeçada certeira e a segunda cobrando pênalti no meio do gol.
Por: Cláudio Henrick - @clauddiohenrick Lance Net .
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