10/12/2012

Ex-CRB relembra infância e planeja futuro no Vasco

Ex  - CRB , depois de excelente campanha , planeja seu futuro no VASCO
Ex  - CRB , depois de excelente campanha , planeja seu futuro no VASCO
Foto - Shara Alencar/Globo Esporte.com
De família humilde, o pequeno Elsinho, o mais novo de três irmãos, antes mesmo de saber que jogador de futebol era profissão, já demonstrava intimidade com a bola, seu brinquedo favorito. O pai jogava no futebol amador e seus irmãos seguiram o mesmo destino. Já o caçula, foi além e chegou a Série A do Brasileirão.

- Já passei Natal e Ano Novo sozinho em alojamento de clube enquanto meus amigos festavam. Mas aí eu pensava: falta pouco, é apenas um momento de dificuldade. Tudo que tenho vivido eu atribuo a Deus. Sempre acreditei que um dia todo o esforço valeria a pena.

Ainda menino já chamava a atenção dos boleiros amigos do pai. "Esse moleque joga bastante", diziam. Elsinho não perdia um jogo do pai no Estádio Aluízio Ferreira.

- Cresci jogando bola com os amigos do meu bairro (Ipanema). Era comum ir para o campinho, às vezes sozinho, apenas eu e a bola. Foi lá onde tudo começou. Mas não imaginava que um dia eu poderia me tornar um profissional. Foi quando conheci o Evaldo (presidente do Genus) em uma peneira. Ele se lembrou de quem eu era filho e me deixou fazer o teste. Depois disso, foram duas Copas São Paulo (2007-2008), profissional e Série D, pelo Genus.

Elsinho começou no futebol profissional há dois anos. Em Rondônia, atuou pelo Genus e Vilhena. Também defendeu o Maringá, Remo, Nacional de Nova Serrana (MG), mas foi no CRB, que em poucos meses o lateral-direito - atuando como meia-atacante - virou artilheiro e conquistou a torcida do time alagoano.

- Eu tava numa sequência muito boa e com o apoio da torcida, que tem carinho por mim até hoje, eu consegui mostrar o meu futebol. Então, veio a proposta de disputar uma Série A, que era o meu sonho e da minha família.

No Figueirense, apesar de o time não conseguir permanecer na elite, o jogador se destacou e viveu fortes emoções.

- Infelizmente não conseguimos evitar o rebaixamento, mas eu procurei fazer meu trabalho e me destacar. Vivi no Figueirense um dos momentos mais marcantes da minha carreira, na estreia contra o Santos do Neymar. Não vencemos, mas foi o dia da realização do sonho de atuar na Série A.

Futuro no Vasco

Com contrato no Figueirense até 31 de dezembro, o jogador é cauteloso ao falar da sua transferência para o Vasco da Gama.

- A expectativa é muito grande. O Vasco é um clube com torcida no Brasil inteiro. Meu empresário - Eduardo Uram da agência de atletas Brazil Soccer - está vendo os detalhes e quem sabe até antes do Natal já esteja tudo certo. Com certeza, vou dar o meu melhor e ser feliz.

A característica de Elsinho é ajudar no ataque. Ele não esconde que gosta de fazer gols. Entretanto, a preocupação do jogador é ajudar o grupo.

- Gosto de jogar no ataque e fazer gols, mas isso aí nós vamos ver quando chegar lá. Vou procurar meu espaço, sabendo que outros jogadores de qualidade também vão procurar, mas eu espero trabalhar para poder ajudar o grupo da melhor forma possível. E se Deus quiser conseguir os objetivos que o clube almeja.

Futebol em Rondônia

Para o jogador, a chegada de escolinhas de futebol no estado pode ajudar a revelar os talentos escondidos. Uma vez que, em Rondônia o calendário de competição é curto e com quase nada de apoio dos governantes.

- Aonde vou eu sempre falo que em Rondônia tem ótimos jogadores, mas precisam ser cuidados e vistos. É necessário o apoio do governo e prefeitura, porque os clubes não têm estrutura para manter o elenco o ano inteiro.

Família e amigos de infância

De férias em Porto Velho, desde o último dia 4, o lateral-direito recebeu uma homenagem dos amigos, que realizaram uma partida de futebol. Apenas na torcida, ele aproveitou para rever o campinho onde tudo começou, no bairro Ipanema, Zona Leste da capital de Rondônia.

O lateral de 23 anos é casado e tem um filho de 4 anos. É na família que ele afirma encontrar total apoio em todos os momentos da carreira.

- A família é algo valioso. Quando treino e jogo eu penso principalmente no meu filho, esposa e pai. Eles são minha base, com eles, é que conto em tudo que preciso.

Globo Esporte.Com

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