01/08/2012

SOB TEMPORAL, GRÊMIO SUPERA CORITIBA NA LARGADA DA SUL-AMERICANA.

 Times brasileiros sofrem com gramado em chuvosa noite de Porto Alegre. André Lima faz o gol do 1 a 0 no jogo de ida da segunda fase.



Sobrou água, faltou futebol. Esse paralelo resume o que aconteceu, na noite desta terça-feira, no Olímpico. Sim, porque o que se viu não lembra nem de longe uma partida de futebol. Melhor para o Grêmio, que soube se adaptar melhor ao gramado encharcado, e, com um gol de André Lima, venceu o Coritiba por 1 a 0 no jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana.
André Lima, Grêmio x Coritiba, Copa Sul-Americana (Foto: Agência EFE)


O resultado deixa o time gaúcho em vantagem para avançar às oitavas de final. Joga por nova vitória, empate ou derrota por um gol desde que marque um. O paranaense precisa derrotá-lo por dois gols. Se vencer por 1 a 0, a decisão vai para os pênaltis.



Nome do jogo, André Lima valorizou a única jogada que imperou no gramado encharcado: as bolas aéreas. Foi assim, ao desviar um escanteio, que o centroavante fez o placar do jogo.
- A chuva atrapalhou o jogo e só nos deu uma opção, que era a bola aérea. Graças a Deus conseguimos sair com uma vitória – avaliou o atacante.
Já no Coritiba, a ordem era a de minimizar o resultado e não perder o foco no Brasileirão e na partida de volta.
- A gente lutou o máximo que pôde, mas não conseguiu a vitória. Não podemos deixar isso nos afetar – opinou o atacante Everton.
Antes de decidirem quem passará de fase, dia 23, às 19h30min, no Couto Pereira, os times voltarão a disputar o Brasileirão, domingo, às 16h, jogando em casa, pela 14ª rodada. O Grêmio receberá o Bahia, e o Coritiba, o Fluminense.
Bola ao alto
O scout do jogo bem que poderia ter uma nova estatística: a de tempo de bola no ar. Afinal, esse foi o expediente usado pelos jogadores para amenizar o prejuízo do campo encharcado. Chovendo desde as 16h em Porto Alegre, o gramado do Olímpico não resistiu. As inúmeras poças d'água impediram tudo relacionado a uma partida normal de futebol.
Como o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (MG) deu condições de jogo, a troca de passes, os dribles, tentativas de lançamentos e desarmes foram trocados por chutões, chutões e mais chutões, e escorregões, escorregões e escorregões. Os atletas devem ter ficado com torcicolo. Afinal, passaram bom tempo olhando ao céu para tentar se posicionar para receber a bola.
Nesse contexto, a estratégia de poupar jogadores com desgaste se revelou acertada: o tricolor Zé Roberto e o coxa-branca Pereira ficaram de fora. E o Grêmio, apesar da baixa de última hora de Marcelo Moreno, se adaptou melhor. Teve a primeira chance, aos três minutos, após Elano cobrar falta e Gilberto Silva desviar para fora. Embora a resposta tenha sido imediata, três minutos depois, com Ayrton no mesmo fundamento, obrigando Marcelo Grohe a fazer grande defesa, o Coritiba pouco ameaçou. Adotou postura defensiva. E sofreu pressão. Souza, Elano e Marco Antonio, em finalizações de fora da área, quase abriram o placar.
Gol salvador
O intervalo deu pinta de que renovaria o futebol. A chuva diminuiu em intensidade. Mas... Logo ao começar o segundo tempo, voltou a carga de antes da partida. Luxa, então, trocou Marco Antonio por Léo Gago.
A aposta aumentou a força física. Porém, foi o Coritiba que passou a atuar melhor. Com postura mais ofensiva, ameaçou com Roberto, em chute de fora da área, aos 12 minutos. Só em uma arrancada de Kleber, que mandou para a linha de fundo, o Grêmio voltou a ter chance.
Então, aos 26, o Grêmio voltou a apostar na bola aérea. Léo Gago cobrou escanteio, e André Lima subiu mais do que a zaga: 1 a 0, gol de cabeça, típico de centroavante.
Marcelo Grohe ainda fez boa defesa em chute de Leonardo. E foi só a exceção de mais erros de passes, finalizações e lançamentos. O Grêmio largou em vantagem na Sul-Americana.
Por Alexandre Máximo , Informações de Globo Esporte.

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